Bem-vinda ao “Só Entre Mulheres”
Sabe aquele momento em que você percebe que a vida inteira estava tentando encaixar uma peça redonda num buraco quadrado? Pois é. Eu sou Daniela — arquiteta por formação, escritora por paixão, artesã de alma e, mais recentemente, estudante de arteterapia e psicoterapia junguiana (porque, convenhamos, nunca é tarde para se reinventar).
Completei meus 50 anos em dezembro de 2024 e, como boa sagitariana teimosa (ok, nem tão boa assim para seguir certas regras), decidi que era hora de fazer barulho. E publiquei meu primeiro livro: “Quando Ninguém Acreditou – Uma história de descobertas, empatia e libertação”, que agora, veja só, está concorrendo a um prêmio literário. Quem diria?
Mas antes de você achar que minha vida foi um roteiro de filme inspirador, deixa eu contar um detalhe: eu vivi boa parte dela sob o estigma de ser “a distraída”, “a avoada”, “a que não presta atenção”, “a que começa mil projetos e termina dois” — até que, já adulta, recebi um diagnóstico de TDAH, dislexia e altas habilidades. Um combo que, longe de ser um defeito, virou um selo de autenticidade.
Saí da consulta com a psiconeurologista me sentindo uns 20 quilos mais leve — e com a sensação de ter trocado uma lâmpada que piscava há anos. A vida não virou um conto de fadas, mas, honestamente, só de conseguir enxergar as cores do céu sem a névoa de frustração, já valia o ingresso.
Entre capítulos escritos e sessões de terapia, fui entendendo que meu caminho tinha muito mais a ver com acolhimento do que com cobrança. E foi nesse espírito que, no dia 8 de março de 2025, durante um evento com mulheres gestoras no meu trabalho, tudo se acendeu de vez: ao ouvir aquelas falas poderosas sobre os desafios e a felicidade de ser mulher, percebi que precisava criar um espaço para nós.
Minha frase naquela manhã foi:
“Ser mulher é ter a felicidade e a realização de poder ser você mesma da maneira mais sincera possível. É respeitar e acolher os meus desejos e sonhos.”
E pronto. Ali nasceu o “Só Entre Mulheres”.
Aqui, vamos falar de vida real, sem filtros exagerados.
Vou compartilhar meus registros de formação em arteterapia e psicoterapia junguiana, minhas sessões com minha própria arteterapeuta (spoiler: tem chororô, tem riso, tem autozoação), minha participação no grupo “Outro Olhar”, com a terapeuta Ana Paula Batista, e também no grupo terapêutico “Fala, Mulher”.
E o melhor: esse espaço também é aberto para você. Se quiser compartilhar sua experiência, suas descobertas, seus tropeços e vitórias, o “Só Entre Mulheres” é seu também.
Porque, no fim, quando mulheres se reúnem para falar de vida — de verdade —, não tem nada mais poderoso. Nem mais bonito.
Só entre nós.